segunda-feira, 23 de maio de 2016

Filmes | Eu Sei Quem Me Matou (2007)

     Dessa vez vamos falar sobre filmes! Como posso ter demorado tanto para abrir esse espaço aqui? Um futuro diretor! Shame on me. Bom... pensando em qual filme escolher para inaugurar essa coluna do blog, dentre tantos favoritos, escolhi o que carrega a história de uma das personagens que mais me despertam interesse: Dakota Moss. O filme? ''Eu Sei Quem Me Matou''.
     Sobre o filme: O filme é de 2007, um ano conturbado no mundo das celebridades internacionais. Lindsay Lohan já havia mandado a imagem de boa moça pro espaço e a sua credibilidade como atriz era colocada cada vez mais a prova a cada aparição duvidosa nas baladas e agitos da noite americana. O filme acabou por ser um fiasco de bilheteria e indicado nove vezes ao famigerado Framboesa de Ouro. Mas devemos levar em conta que a crítica é só um dos lados.
     A história do filme é boa, as atuações são boas. Tenho pra mim que o maior problema foi a forma de produção. A obra final resultou em um terror meio trash devido ao orçamento, talvez. Ou mesmo a visão criativa do diretor, quem sabe. Fato é que, mesmo assim, o filme remanesce como um dos que mais me desperta interesse pelo conjunto. Gosto do jogo de cores vermelho e azul, da relação feita pelo diretor como metáfora do bem e do mal. Não fica ponta solta, e as ligações são feitas de formas inteligentes. Acho que isso, mais que uma boa produção, me pega.

Sinopse: Uma idílica cidade pequena é abalada quando Aubrey Fleming (Lindsay Lohan), uma jovem brilhante e promissora estudante é sequestrada e torturada por um sádico serial killer. Quando encontrada, ela afirma não ser Aubrey, e sim Dakota Moss - uma personagem que Aubrey tinha criado para uma de suas lições de inglês. Em seu distúrbio de identidade, a garota afirma nunca ter ouvido falar de Aubrey. No entanto, apenas Dakota é capaz de esclarecer o crime, revelando a identidade do seu sequestrador.

     Sobre a trilha: Acho a trilha desse filme excelente e coerente. A músicas das cenas da Dakota são bem carregadas com a vibe obscura e precária da vida que ela levou e sempre conheceu. Se a marcante cena do striptease começa azul e sensual com How Long, ela pesa ao desenrolar. Vermelho, A History Of A Bad Man. O rock arrastado anuncia o terror e os sentimentos melancólicos do assassino, da dançarina, e até mesmo da garota inocente. Perseguição. Tudo perfeitamente encaixado com sua devida cena e a intenção do sentimento. Step On Inside reflete bem a droga de vida do alter ego de Aubrey. Uma personagem tão bem estruturada para ser apenas personagem. Dakota não se envergonha ou tem limite algum, Obscene Strategies. A atuação de Lohan nesse papel é minha favorita, e olha que amo os blockbusters dela. Muito me interesso quando vejo bons artistas saindo de sua zona de conforto e arriscando algo novo. Vida pessoal não entra em questão aqui, profissional sim.
     Sobre meu interesse por Dakota e os elementos: Como já dito anteriormente, o jogo das luzes com a metáfora do bem e do mal, a linha tênue entre os limites de um e outro e toda a perspectiva da personagem me fisgam de um jeito peculiar. Esse não é um filme fácil. Assuntos complexos como stigmata, obsessão e o tradicional jogo de segredos fazem desse um roteiro carregado. E incômodo. Incômodo visualmente também, por vermos, inesperadamente, Lohan sem alguns dos membros. Isso, aliado ao preconceito da maioria dos espectadores e da crítica em geral, torna a reputação desse filme questionável. Deve-se deixar levar pela narrativa e aceitar a proposta do que lhe é dado. Feito isso, o filme flui. Uma maneira bem diferente de assistir filme de como estamos acostumados. Mas o jeito tradicional não deve ser o único considerado certo. Quem disse que o normal tem que ser, necessariamente, o mais legal?

7 comentários:

  1. So-corro, eu simplesmente adorei a tua resenha. Faça mais! Eu gostei bastante desse filme, justamente por ter feito algo que você citou no texto: "Deve-se deixar levar pela narrativa e aceitar a proposta do que lhe é dado. Feito isso, o filme flui." Eu comecei a assistir sem pretensão alguma, e me surpreendi, principalmente porque é algo que vai se revelando com o decorrer do filme, não é uma proposta toda dada logo de cara! Gostei muito dos teus comentários, e não tinha reparado nas observações de luz e afins! Parabéns!
    4sphyxi4.blogspot.com.br

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    1. Caramba, muito obrigado!! Fico mesmo muito feliz pela sua resposta à minha resenha, eba! Hahahaha
      Que bom que você gostou do filme! São raras as pessoas as quais debatem comigo sobre ele que captaram ele dessa forma e gostaram. As outras, normalmente, não assistiram. Muito legal mesmo seu comentário, valeu!

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  2. Vou ver! Esse jogo de luzes parece muito bom! Ao contrário de boa parte da crítica, eu gosto bastante das atuações da Lindsey,ela sempre consegue fazer vários papéis, desde meninas mimadas no terceiro ano até personagens mais complexas e misteriosas.

    Com certeza verei, adoro um suspense! <3

    Poesia em Transe

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    1. A personagem, as luzes e a trilha dela são muito interessantes. Me conta depois se você assistir, gostaria muito de saber sua opinião sobre ele!
      Queria que a Lindsay continuasse fazendo filmes hoje em dia... Acho que ela seria capaz de dar vida a mais personagens marcantes. Ela tem um potencial muito bom pra ser lembrada apenas como Cady Heron.

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  3. Caraaaaaaaaca pq n trouxe essa categoria antes?
    você é exceleeeente falando disso
    estou com 102% de vontade de assistir e me encantar como você se encantou <3 te conto tudo depois
    beijão
    você é sensa!!

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    1. Não sei porque hahaha
      Já tenho alguns próximos em mente. Vou começar pelos meus favoritos, assim como faço na coluna das músicas.
      Fico muito feliz que cê gostou, Beca! Você é importantona ♥
      Vamos assistir ele juntos, que tal? Hahahha
      Beijoss

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    2. QUEROOOOOOO
      skype ta aí p isso ♥♥♥♥
      ai que amor, você é importantão pra mim tambéeeeeeeeeem!!!!!!

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