sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Enquanto toca The Kooks na nave vazia

          Não sei qual é a dessa sensação nostálgica que The Kooks me dá na mente. É como se cada acorde de violão me trouxesse de volta alguns dos olhos que já passaram por aqui. Vez ou outra o ato de explorar é feito individualmente, e quando fico sozinho dentro dessa nave imensa com tudo apagado, é como se todo o silêncio daqui fosse o som da música deles.
          Miss Atomic Bomb uma vez me ensinou que tudo bem se tudo parecer bem mas estiver uma droga. A gente tá na correria pra fazer dar tudo certo, quer a vida seja justa ou não. A companhia é sempre bem vinda, mas nem sempre ela vem. Quando não vem, os bad habits falam alto. A cerveja estoura de fria na geladeira e a minha sorte é que cozinho bem.
          Das lembranças futuro-presentes de outrora, os guardiões da nave repousam em algum lugar que não consigo encontrar, enquanto Stitch tá por aí e Sway estoura nos alto falantes. Acho que no fim das contas tudo me leva de volta a Naive, espaço de tempo-música onde tudo se firmou.
          Um assobio e uma voz suave me fazem cantarolar uma melodia conhecida por outros vocais. A releitura é um clássico pra mim e combina bem com um café fresco.
Mas a cerveja tá lá se eu precisar.

2 comentários:

  1. Mas a cerveja tá lá se eu precisar.
    Sorte sua que tu cozinha bem.
    Músicas recheadas de memórias e a nave vazia são sossego ou solidão? Depende do ponto de vista. Li algo assim em algum lugar, mas parafraseei pra ficar mais poético.
    me chama pra uma breja e um rango que a companhia aparece, mas se não tiver, apareço também.
    Gosto muito das suas viagens.
    mil beijos

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    Respostas
    1. Eu amo a sua forma de interpretar meus escritos e as suas pontuações. Real.

      Ficou poético sim. E eu gostei.

      Te chamo pra breja, pro rango e pra tantas viagens afora!

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