Hoje eu finalmente consegui me abrir no que acreditava que se desencadearia num pedido de ajuda pra única pessoa que eu sei que seria realmente capaz de entender as camadas das minhas palavras. A invertida que eu levei eu realmente não poderia prever. Ja levei numa boíssima coisas muito mas muito maiores, acredito que por isso esperava que ali eu realmente conseguiria um pouco de consolo. Não é novidade pra mim oferecer ombro e colo pra situações miseráveis de quem amo, mas é novidade pra mim não ter nas raríssimas ocasiões em que preciso. Não me isento das minhas responsabilidades não, mas apesar do baixo discernimento de agora consigo claramente dizer sobre reações desproporcionais.
Dito isso, chegamos aqui. Onde sempre deveria ter estado e de onde nunca deveria ter saído. Pensando um tanto, e isso foi o que mais fiz durante essa semana e meia de martírio, fui capaz de chegar numa conclusão inédita. Parece que até o fundo do poço tem suas camadas, não é mesmo? Concluo que o que mais preciso é justamente o oposto do que busco imediatamente quando me sinto assim. Pode parecer óbvio digitando isso aqui agora mas é que meio que não é. Não nessa conclusão. Percebendo isso, fico com a pergunta que tá tirando o meu sono atualmente: por que a gente é tão sádico com a gente mesmo?
Num dos trechos da mensagem deletada digo que não sei como é que passei despercebido pelas pessoas ao meu redor sobre o meu estado. Obviamente não pela minha mãe nem meu namorado, mas à parte deles que não entenderam onde eu tô, absolutamente despercebido. Ter que equilibrar isso no trabalho foi realmente desafiador. Desafios e prendas que a minha mente prega em mim mesmo. Porra, já tá tão difícil lá fora, precisa ser ainda mais aqui dentro?
Sinto tanta falta a convivência com a Miss Atomic Bomb. Quando penso em quem eu gostaria de ser, penso que gostaria de ser novamente quem eu era quando estávamos próximos no dia a dia. Pensando assim, consigo me medir muito pelas pessoas que me cercavam em determinados momentos da vida e de como algumas delas me marcaram profunda e positivamente. Talvez seja projeção nos outros de algo que tá aqui dentro, mas eu acredito que seja aquele incentivo recíproco e verdadeiro de querer o outro bem, de botar a mão na massa junto e de tirar o outro da merda junto também. Também pode ser os dois.
Tô preso sim nesse looping de merda, mas diferente das outras vezes, sim, se quer saber. O aniversário do meu pai foi semana passada. Eu realmente já parei de achar que determinadas coisas são só coincidências. ''Ó, é mesmo né? Que coincidência''. Coincidência que esteve na minha cabeça desde o dia um de quando virou o mês. Talvez ali já fosse a preparação pra onda que viria. Não é responsabilidade dele nem nada. É só, sei lá, eu listando o monte de coisas que, uma por vez, joga uma pázinha de terra em quem já fui.